Pra quem não sabe direito o que é sitcom (“comédia de situação”), trata-se de um subgênero da comédia. Nascida na era do rádio, em meados de 1940, na Inglaterra, hoje encontra-se exclusivamente na tv, seguindo a obrigatoriedade de ser gravada em estúdio (são raras as cenas ao ar livre). Ela pode ou não vir acompanhada por uma platéia de auditório, e os temas abordados são basicamente família, amigos e situações no trabalho.
Muito bem, quem nunca assistiu Friends que atire a primeira pedra. Mas não é bem de Friends que quero falar, e sim de House. Ou melhor, das séries que acho interessantes. Confesso que demorei um tempo a gostar desse tipo de programa, mas o motivo era essencialmente o preconceito de achar as comédias americanas meio, digamos, sem graça… Com algumas poucas exceções, claro. Como Woody Allen, por exemplo, mas o que ele fazia era uma stand up comedy, outro subgênero da comédia, na qual o humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo) para uma platéia ao vivo.
Voltando ao raciocínio inicial, esse assunto me surgiu quando li hoje uma matéria (ok, assim como todos os jornalistas sou meio “viciada” em matérias, isso desde a época da faculdade, quando, de modo um tanto behaviorista, somos “obrigados a” a ler tudo o tempo todo), que tinha o seguinte título: “Forbes divulga lista dos seriados mais lucrativos de 2010“. Corri os olhos nessa lista, procurando encontrar algum dos meus programas favoritos, afinal, normalmente continuam na programação os considerados “lucrativos”, enquanto o restante… é substituído por outros – para delírio dos roteiristas. Infelizmente, não achei nenhum.
Vejam se estou errada, aqui vai a lista:
1) “American idol”: US$7,1 milhões
2) “Two and a half men”: US$ 2,89 milhões
3) “Desperate housewives”: US$ 2,74 milhões
4) “Grey’s anatomy”: US$ 2,67 milhões
5) “Dancing with the stars”: US$ 2,67 milhões
6) “Lost”: US$ 2,60 milhões
7) “The big bang theory”: US$ 2,5 milhões
8 ) “24 horas”: US$ 2,45 milhões
9) “Private Practice”: US$ 2,32 milhões
10) “Mike & Molly”: US$ 2,11 milhões
Tudo bem, concordo que American idol é sempre um barato nas eliminatórias, mas depois os shows se tornam maçantes – é quando a gente percebe que eles seguem a forte tendência de eliminar os mais engraçados… claro, o programa não é uma sitcom – é sobre música, não comédia… Two and a half men, no auge de sua lucratividade, como todos sabem, acabou-se. O resto, incluindo Lost (que meus amigos fãs não leiam esse post!), sinceramente, eu dou por visto. Até The big bang theory, que tentei assistir porque achava engraçados o judeu e o indiano, também não me prende mais…
Mas comecei querendo falar de House, ou melhor, das séries que acho interessantes. Não pretendo citar todas, mas gosto de Monk, In treatment e Roma, por exemplo; e não tanto quanto os nerds de plantão, gostava de Seinfield e Mad about you. Confesso que ainda não vi com a devida atenção Família Soprano, mas assim que for possível, o farei. Bom, o que eu quero dizer com tudo isso é que o que é bom dura pouco, e o que é ruim ganha muito. Enquanto a lista dos “10 mais” seguir essa lógica, a tv nunca vai sair desse buraco em que se enfiou…
Mixórdia do Dia! 